Formado por 11 ministros (atualmente com dez por conta da aposentadoria de Pertence), o STF é um clube de egos onde interesses divergem e convergem com a mesma facilidade, a depender da formação e o caráter de cada magistrado. Para o público leigo, formado por milhões de brasileiros, a imagem de oito homens e duas mulheres em togas negras suscita um certo, este sim, temor reverencial.
Embora nem sempre sejam indicados por méritos pessoais, mas por parentesco, amizade ou influência política, os ministros do STF tornam-se, desde empossados, parte da mais poderosa e temida elite do Poder Judiciário. Empenham-se, desde a sessão de estréia, a fazer citações em latim, francês e inglês e a citar juristas tão notáveis quanto desconhecidos. Por fim, afundam o idioma português num inexpugnável emaranhado de termos técnicos de forma a tornar hermética ao cidadão comum toda e qualquer consideração jurídica emanada do palácio de granito e mármore idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, na margem direita da Praça dos Três Poderes
Leandro Fortes in Carta Capital, 29 de agosto de 2007, p. 28-29
Um comentário:
Supreme?
Ficou até elegante a sujeira dita por suas palavras.
Beijos
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